A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi considerada por Marco Aurélio Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma medida que ocorreu “à margem da ordem jurídica”.
Ele expressou sua perplexidade ao descobrir que o ex-procurador da República não estava enfrentando um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme exigido pela Lei da Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990).
“Fiquei surpreso ao saber, por meio das notícias, que nem mesmo um PAD estava em andamento”, disse ele em uma entrevista à Folha de S.Paulo. Marco Aurélio acrescentou que essa interpretação ocorreu “à margem da ordem jurídica”.
Para ele, a intenção é ‘enterrar a Lava Jato’. “Agora estão tentando enterrar aqueles que estiveram envolvidos [na operação]”, emendou.