Nesta terça-feira, 16, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento na sede da Polícia Federal. É o seu terceiro depoimento desde que retornou ao Brasil em março. Dessa vez, o objetivo é esclarecer seu envolvimento no suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação.
A investigação conduzida pela PF tem dito que tanto o cartão de vacinação do ex-presidente quanto o de sua filha, Laura, foram adulterados. Bolsonaro nega. Além disso, documentos de seus auxiliares também apresentavam indícios de fraude, conforme s corporação. Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, apontado como líder da ação criminosa, encontra-se detido desde o dia 3 de maio. Outros aliados próximos do ex-presidente, incluindo Ailton Barros, também foram presos em conexão com o caso.
Durante seu depoimento à PF, Bolsonaro será questionado sobre seu conhecimento dos fatos e se ele ordenou a adulteração dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Até o momento, a defesa do ex-presidente alegou que o auxiliar agiu por conta própria.
Outro ponto de interesse no depoimento de Bolsonaro diz respeito às motivações por trás da fraude. De acordo com a PF, a adulteração teria sido realizada para permitir que aliados do ex-presidente emitissem documentos falsos e assim circulassem pelo Brasil e pelos Estados Unidos sem restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Suspeita-se também que a opção pela fraude tenha sido uma estratégia para manter o discurso político entre os apoiadores do grupo. Bolsonaro assegura que nunca se vacinou.
Os investigadores têm o objetivo de esclarecer se Bolsonaro utilizou os documentos falsos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.