Em um único dia, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empenhou mais de R$ 700 milhões em emendas parlamentares. O objetivo é consolidar sua base e construir estabilidade no Legislativo. O montante é quase o dobro do valor distribuído pelo Planalto em quatro meses.
Conforme reportagem do jornal O Globo, os recursos beneficiaram os principais partidos aliados de Lula, sendo que a maior fatia foi destinada ao PSD, seguido por PT, MDB e União Brasil. O governo federal espera assegurar a votação da regra fiscal no Congresso com os recursos empenhados para deputados e senadores.
O lulopetismo já indicou que deve liberar ainda mais dinheiro para os aliados, sendo que na conta do Planalto estão pelo menos R$9 bilhões de emendas de relator negociadas no ano passado. O dinheiro também será usado para reorganizar a base.
No entanto, o mecanismo “orçamento secreto”, como foi classificado por Lula durante a campanha”, foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela falta de transparência, mas o Palácio do Planalto não colocou em prática nenhum procedimento que dê transparência à negociação. As verbas serão liberadas pelos ministérios das Cidades e da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.