O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez críticas ao senador Sergio Moro e responsabilizou a Operação Lava Jato pela eleição de Jair Bolsonaro (PL) como presidente do Brasil em 2018.
As declarações foram dadas durante uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (8). O ministro comentou se ficou arrependido de não ter permitido a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil em 2016. Em resposta, o magistrado afirmou que, naquele momento, acreditava que a nomeação de Dilma Rousseff (PT) tinha uma finalidade desviada.
Em seguida, Gilmar fez críticas à Lava Jato e disse que “Curitiba gerou Bolsonaro”, caracterizando o estado do Paraná como um foco de ideologias fascistas. Ele também criticou a conduta dos procuradores e do ex-juiz Moro, acusando-os de conspirar contra Lula durante a operação.
“Curitiba gerou Bolsonaro”, afirmou. “Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada”, atacou.
“Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Penal do russo, talvez eles quisessem dizer do soviético”, prosseguiu o ministro. “Moro tem o Código Penal dele próprio”, emendou.
O ministro afirmou ainda que as denúncias contra Lula foram combinadas com Moro, e que este último vazou informações sobre a delação de Palocci entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2018, assumindo uma posição a favor da direita.