No âmbito da operação que investiga suposta fraude em cartões de vacinação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou também a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais investigados.
Seis pessoas foram presas na ação deflagrada pela PF, entre elas Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“[Determino] A busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos, a ser realizada concomitantemente com diligências policiais previstas no artigo 6º do Código de Processo Penal”, ordenou Moraes.
O ex-presidente é um dos alvos da operação que apura eventuais irregularidades sobre a inserção de dados falsos de vacinação da Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. A fraude, segundo a PF, serviria para permitir viagens internacionais do ex-chefe do Executivo, familiares e assessores.
Conforme noticiamos, a Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a realização de busca e apreensão contra Bolsonaro e Michelle, e também contra o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Mesmo assim, o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizar a medida contra Bolsonaro e o parlamentar. Na manifestação, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, afirmou que o quadro apontado pela Polícia Federal “não permite concluir pela existência de causa provável a legitimar e autorizar a realização de buscas e apreensões direcionadas ao ex-presidente e sua esposa”.