Religiosos de esquerda, entre evangélicos e católicos, foram à Câmara dos Deputados nesta última terça-feira (2) para defender a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2630, conhecido como PL da Censura ou PL das Fake News.
O grupo estava com o pastor e deputado federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Rio de Janeiro, Henrique Vieira. Segundo o congressista, que afirma não fazer parte da bancada evangélica, as críticas ao texto não podem ser consideradas como uma unanimidade do segmento cristão.
“Não faço parte da bancada evangélica, entendo que a minha fé se realiza de outra forma […] Acredito que dentro da bancada evangélica tem tensionamentos, diversas tendências e não haverá unanimidade contra o projeto de lei”, afirmou o deputado.
De acordo com o psolista, o texto relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB) zela pela liberdade de expressão e estabelece “mecanismos” para que as redes sociais “previnam, mitiguem e impeçam a circulação de conteúdos criminosos” na internet.
“O que nós queremos é que as grandes plataformas tenham mecanismos de regulação, tenham análise de risco sistêmico e possam ter o dever de cuidado para nos ajudar como sociedade a impedir a disseminação do ódio de práticas danosas, ilícitas e criminosas. No meu entendimento, isso se chama exercício responsável da liberdade”, completou Henrique Vieira.
Apesar dos esforços da esquerda, o PL da Censura teve sua análise de mérito retirada de pauta pelo presidente Arthur Lira (PP-AL), que quis tentar evitar o que seria a maior derrota legislativa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste terceiro mandato. Não há data para que o texto retorne à pauta.
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