O jornalista Augusto Nunes foi condenado por injúria e difamação depois de ter chamado o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), de “cafajeste”.
Na ocasião, o comunicador disse também que o político desviou vacinas contra a Covid-19, durante a crise sanitária no país.
O caso foi levado à Justiça, que sentenciou Nunes a receber pena de seis meses e seis dias de prisão, que foi convertida no pagamento de 30 salários-mínimos, equivalente a R$ 39,6 mil.
A fala ocorreu em janeiro de 2021, em texto veiculado na então coluna de Nunes no site R7. A publicação tinha o título “Cafajestes no poder”. O subtítulo apontava a seguinte descrição: “Governo de Rondônia desvia vacinas, frauda relatórios e exporta doentes”.
O juiz José Fernando Steinberg sustenta que Nunes não compareceu na audiência de instrução, debates e julgamento da ação e que, por isso, foi declarada a revelia do jornalista. Ao entrar no mérito, Steinberg afirmou que ficaram configuradas as práticas de injúria e difamação por parte do comunicador.
— A prova documental é clara e suficiente sobre os crimes contra honra praticados pelo querelado, que se frise, novamente, extrapolou as barreiras da liberdade de expressão e de imprensa — embasou o magistrado.
Nunes deve recorrer da decisão.