A União Europeia (UE) se manifestou oficialmente acerca das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que declarou tanto Rússia quanto Ucrânia como culpadas pela guerra iniciada em 2022.
O petista também responsabilizou as potências ocidentais por “estimular” e “prolongar” o conflito ao dar armas e munições ao regime de Volodymyr Zelensky.
De acordo com Peter Stano, porta-voz para Assuntos Externos da UE, a Rússia deve se tratada como “única responsável” pela escalada de violência no leste da Europa.
“O fato número um é que a Rússia – e somente a Rússia – é responsável. Ela gerou provocações e agressões ilegítimas contra a Ucrânia. Não há questionamentos sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse ele.
Stano mencionou ações do governo de Vladimir Putin durante a guerra como embasamento para sua argumentação. “A Rússia está matando civis, destruindo a infraestrutura civil e sequestrando crianças ucranianas. Também está roubando propriedades e territórios ucranianos”, frisou.
O porta-voz desaprovou as críticas de Lula sobre as movimentações do Ocidente em relação ao conflito. “Os Estados Unidos e a União Europeia trabalham juntos, como parceiros de uma ajuda internacional. Estamos ajudando a Ucrânia em exercícios para legítima defesa”, esclareceu.
Em sua fala, ele também lembrou que o Brasil está na lista dos 143 países que no ano passado condenaram a invasão da Ucrânia e pediram pelo fim das hostilidades, dentro do ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Não é verdade que os EUA e UE estão ajudando a prolongar o conflito. Nós oferecemos inúmeras possibilidade à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados”, finalizou.