A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quarta-feira (22), conforme antecipou o Conexão Política, para prender integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo teria um plano de sequestrar e matar um promotor de Justiça com histórico de atuação contra o grupo.
Lincoln Gakiya, de 56 anos, atua no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, e era um dos principais alvos dos criminosos. O outro era o ex-juiz e agora senador Sergio Moro.
Gakiya atua em Presidente Prudente, no interior paulista, e foi quem comandou o pedido de transferência de Marcola, líder do PCC, para um presídio federal em Brasília no final de 2018.
Não é a primeira vez que o promotor fica na mira do PCC. A investida inicial aconteceu em 2005. Desde então, a polícia já desmantelou ao menos quatro planos da fação para assassiná-lo.
Há quase três anos, em setembro de 2020, foi descoberto um plano do PCC de assassinar Gakiya após a polícia localizar uma carta na Penitenciária 1, sediada em Presidente Bernardes. A ação seria uma resposta à transferência de líderes da quadrilha para presídios federais.
Em 2018, houve suspeita de ordens de assassinato do promotor, quando Marcola ainda estava em Presidente Venceslau. Na ocasião, lideranças do PCC teriam ordenado a morte de duas pessoas, entre elas Gakiya. O motivo também estava relacionado ao fato de o promotor querer a transferência de lideranças para presídios federais, o que acabou ocorrendo em 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, do PL.
A medida afetou nos negócios do PCC, visto que a investida interferiu nas rede de contatos dos cabeças, afastando-os de contato com familiares e advogados.