A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira (6) que a relação do advogado Cristiano Zanin Martins com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é um fator que inviabilize sua eventual indicação para uma vaga no Supremo.
— Não acho que de alguma forma comprometa. A circunstância de ter passado pelo Executivo ou a ligação com o próprio presidente não macula de alguma forma o indicado. Acho que a discussão tem que ser: a Constituição está sendo cumprida? A Constituição diz que o ministro deve ter notório saber jurídico e reputação ilibada. E este advogado tem e já demonstrou — declarou a ministra em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.
Lula tem sinalizado que pode indicar o advogado que o defendeu nos processos criminais da Lava-Jato.
Até o fim do mandato, o presidente terá duas indicações a fazer neste ano.
— Hoje, se eu indicasse o Zanin, todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente, ele cresceu de forma extraordinária. É meu amigo, meu companheiro, como outros são meus companheiros — reiterou o petista em entrevista ao Grupo Bandeirantes.
Ao ignorar a existência de algum problema na possível indicação do advogado, Cármen Lúcia frisou que outros “grandes ministros” da Corte atuaram na administração pública ou foram advogados-gerais da União, citando Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
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