O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que pretendia revogar sua prisão preventiva.
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Torres é investigado por omissão em relação aos atos de 8 de janeiro, quando os prédios do Congresso, do STF e do Planalto foram alvos de vandalismo. Na ocasião, ele estava em Orlando, nos Estados Unidos.
“Não há, no momento, como dissociar as condutas omissivas de Anderson Torres dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, com ataque às instituições democráticas e depredação e vandalismo dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes. Permanecem, portanto, inabalados os motivos da decretação de sua prisão preventiva”, escreveu Moraes em seu despacho.
No mesmo dia do ataque, Torres foi demitido pelo então governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Depois dias depois, o ministro do STF expediu um mandado contra o ex-secretário, que foi detido assim que desembarcou no Aeroporto de Brasília (DF), em 14 de janeiro.
“Sem embargo, apurou-se que, enquanto Anderson Torres deixava o país, colocando-se em situação de omissão, o Plano de Ação Integrada era solenemente desconsiderado pelas forças de segurança, que nem sequer expediram as necessárias ordens de serviço”, diz outro trecho da negativa de Moraes.
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