Conforme noticiou o Conexão Política, a ministra do Esporte, Ana Moser, do governo Luiz Inácio Lula da Silva, considera que esportes eletrônicos — os jogos de videogame disputados competitivamente — não são esportes.
O assuntou foi um dos mais comentados do Twitter nesta terça-feira, 10, acumulando milhares de menções.
A declaração não agradou os internautas e provocou reação imediata dos defensores dos esportes eletrônicos.
— O mais triste na declaração da Ministra sobre não reconhecer os esports é perceber o despreparo sobre o assunto quando falado pelos políticos Tão perdendo oportunidades gigantes de impactar a sociedade com as coisas mais puras do esportes: crescimento pessoal e transformação de vidas — escreveu um usuário.
— A Ministra dos Esportes do governo Lula se demonstrou mais uma despreparada para o cargo. Ela afirmou que eSports não é esporte. Brasil foi o 4º país que mais faturou com eSports em 2022. Somos o 3º país com mais fãs da modalidade no mundo. Até quando tanta incompetência? — rebateu outro.
De acordo com Moser, a pasta não pretende investir neste segmento.
Ao falar sobre o assunto, a ex-jogadora de vôlei comparou o treino de atletas de eSports ao da cantora Ivete Sangalo. Para ela, os esportes eletrônicos fazem parte da indústria do entretenimento, assim como a música.
— A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. “Ah, mas o pessoal treina para fazer”. Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte — disse Ana em entrevista ao UOL.
— A questão do esporte eletrônico a nível federal ainda não é uma realidade. Não tenho essa intenção [de investir nisso]. No meu entendimento, não é esporte. A gente lutou, no ano passado, eu na minha vida pregressa, a frente da Atletas pelo Brasil, a gente fez uma ação muito forte junto ao Legislativo para o texto da Lei Geral [do esporte] não ser aberto o suficiente para poder ter o encaixe dos esportes eletrônicos. O texto está lá protegendo o esporte raiz. Na definição de esporte, tinha sido dado uma abertura que poderia incluir esporte eletrônico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco. Lógico, risco sempre acontece, e é um trabalho constante — sustentou a ministra.
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