O Conexão Política apurou que a deputada federal eleita e ex-ministra Marina Silva (Rede-SP) não quer ceder tão facilmente o Ministério do Meio Ambiente para a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Marina teme que o agronegócio possa ter algum tipo de influência na tomada de decisões da pasta caso Tebet chegue ao cargo em 2023.
No desenho da formação do futuro governo, que ainda é tema de debate, a chefia do Meio Ambiente poderia ficar com a senadora, desde que a ex-ministra assumisse uma posição de articulação e influência internacional, como de autoridade climática, por exemplo.
Marina Silva, no entanto, tem se mostrado pouco contente em dividir a área que ocupou em gestões petistas com um perfil tão destoante do seu.
Representante do estado de Mato Grosso do Sul no Congresso, Tebet herdou o legado político do pai, o ex-ministro da Integração Nacional e ex-presidente do Senado Federal Ramez Tebet, que morreu em 2006.
Ao longo de sua trajetória parlamentar, a congressista apoiou e apresentou algumas pautas ligadas à chamada “bancada ruralista” e ao agronegócio.
Essa insatisfação interna é compartilhada pela alta cúpula da Rede Sustentabilidade, sigla de Marina. Correligionários da ex-ministra já manifestam abertamente o incômodo com a possibilidade de entregar o Meio Ambiente à Tebet.
Desde o fim da eleição, Marina Silva foi presença marcante no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, e nas reuniões do grupo temático da área, enquanto Tebet teve uma participação mais tímida.
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