Alta funcionária do governo da Argentina, Flávia Royón afirmou que o Brasil vai emprestar cerca de US$ 700 milhões (quase R$ 4 bilhões) ao seu país através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com ela, a verba será aplicada na conclusão do segundo trecho do gasoduto Néstor Kirchner, de 600 quilômetros. O governo argentino espera aumentar sua produção e capacidade de transporte de gás em ao menos 30%.
“Economizaremos US$ 2 bilhões em importações”, declarou a secretária de Energia em um evento. Além do empréstimo de US$ 689 milhões do BNDES, o governo peronista deve tomar emprestado outros US$ 540 milhões do Banco de Desenvolvimento da América Latina, segundo ela.
Apesar do anúncio de Flávia Royón, o BNDES afirmou, em nota, que foi consultado pela diplomacia do país para o empréstimo, mas negou que o órgão já tenha liberado os recursos que foram solicitados.
“O governo argentino, por meio de sua embaixada em Brasília, e empresas brasileiras entraram em contato com o BNDES e com o Ministério da Economia em consulta sobre eventual financiamento à exportação de bens brasileiros”, diz o comunicado.
“Não há pedido formal de financiamento protocolado no BNDES”, acrescenta o texto. Com a mudança na Presidência da República a partir de 2023, não se sabe se essa posição do BNDES será mantida ou se a instituição deve ceder ao pedido de empréstimo.
Desde o fim das eleições no Brasil, o presidente argentino Alberto Fernández aumentou seus contatos com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia seguinte à vitória do petista, o mandatário veio a São Paulo (SP) para parabenizar o líder esquerdista, além de confirmar presença na posse em 1º de janeiro.
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