O ex-ministro Guido Mantega renunciou nesta quinta-feira (17) à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito em um carta encaminhada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
No texto, o ex-titular da Fazenda apontou a intenção de adversários em “tumultuar” e “criar dificuldades para o novo governo” como uma das razões para a sua saída.
Conforme noticiado pelo Conexão Política, Mantega foi anunciado como integrante do grupo técnico que é responsável por assuntos como planejamento, orçamento e gestão na equipe de transição do petista.
O fato de ele estar condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a não exercer cargo em comissão ou função de confiança no Estado por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais também pesou para o seu afastamento.
Guido Mantega foi o ministro da Economia mais longevo da história do Brasil, assumindo em março de 2006, ainda no primeiro mandato de Lula, e permanecendo na pasta até 2014, já na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Na carta de renúncia, o ex-ministro classifica a decisão do TCU que o afastou da vida pública como injusta.
“Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por oito anos”, diz o comunicado.
“Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”, completou.
Em 2016, Mantega perdeu o direito de assumir função pública por 5 anos. Ele também foi multado em R$ 54,8 mil. Em 2018, a pena foi ampliada para 8 anos, prazo que começou a contar a partir de fevereiro deste ano, quando a ação transitou em julgado.
Com isso, em tese, ele está atualmente proibido de exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública até fevereiro de 2030. Na transição de Lula, porém, ele atuava como voluntário.
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