O YouTube suspendeu o canal do influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, na noite desta terça-feira (8). Ao tentar acessar o perfil dele na plataforma de compartilhamento de vídeos, aparece a seguinte mensagem: “Este canal não está disponível em seu país”.
Em uma publicação no Twitter, Monark afirma que está sendo alvo de censura do Supremo Tribunal Federal (STF). “Quantos dias até a polícia vir na minha casa? Alexandre de Moraes age como um ditador”, escreveu.
O Conexão Política entrou em contato com a Suprema Corte e o YouTube a fim de esclarecer como se deu a derrubada do canal de Monark. Em resposta, a assessoria de imprensa do STF informou que trata-se de “processo sigiloso” e disse que “não temos informação”. A rede social, por sua vez, ainda não retornou.
Defensor da liberdade de expressão, o youtuber vinha se manifestando nas últimas semanas contra a suspensão de perfis por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O influenciador tem dito por reiteradas vezes que o Brasil vive sob “uma ditadura do Judiciário”.
Sob a justificativa de combater fake news, Alexandre de Moraes intensificou as investidas que impõem censura em redes sociais. Ao invés de remover posts específicos que supostamente contêm inverdades, o ministro costumeiramente determina a derrubada completa das contas.
As vítimas mais recentes da censura prévia por ordem judicial foram os deputados federais Coronel Tadeu (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO) e Carla Zambelli (PL-SP), além do vereador de Belo Horizonte e deputado federal eleito, Nikolas Ferreira (PL-MG).
Já o economista e professor universitário Marcos Cintra, vice de Soraya Thronicke (União) no primeiro turno da corrida presidencial de 2022, teve a conta retida após uma decisão proferida no âmbito do inquérito do STF que investiga “milícias digitais”.
* Matéria atualizada às 09h40 de 09/11/22 para inserção do posicionamento do STF.
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