O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite deste último domingo (6) pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite. Segundo dados da pasta, a campanha de imunização que ocorreu em agosto e setembro deste ano vacinou menos de 70% do público-alvo. A meta é imunizar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país.
“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo”, declarou.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
“Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, avaliou Queiroga no pronunciamento. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19. “O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou.
O ministro afirmou que, durante a 30ª Conferência Sanitária da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ocorreu em setembro, nos Estados Unidos, o Brasil reforçou a necessidade de os países americanos se mobilizarem para erradicar a enfermidade.
Queiroga lembrou ainda que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.
“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível, sim, atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público alvo”, disse o ministro da Saúde.
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