O senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi condenado, nesta quinta-feira (27), ao pagamento de multa de R$ 700 mil, além do bloqueio de seu perfil no Instagram.
A rede social ficará suspensa até 31 de outubro.
O parlamentar é acusado de descumprir sentença que determinava a ele a concessão do direito de resposta ao seu adversário político, que é candidato ao governo de Alagoas Rodrigo Cunha (União).
A decisão é do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) e decorre de ataques publicados pelo emedebista a Cunha na rede social.
Na ocasião, Calheiros disse que Cunha foi “cooptado por Arthur Lira para o União Brasil” e que o senador “se envolveu em desvio de combustível no Senado”.
Ele também acusou o seu desafeto de “defender orçamento secreto, de se recusar a assinar a CPI, de enviar dinheiro para compras superfaturadas (tratores e caminhões de lixo), de empregar a namorada na prefeitura de Maceió, de mandar custeio da saúde para Rio Largo, veja o que Rodrigo Cunha falou de Gilberto Gonçalves”.
Ao tomar conhecimento dos ataques, Lira reagiu, além de apelidar Calheiros de “Renan Fake News”.
— A Justiça condenou Renan Calheiros, por unanimidade, pela prática de fake news. Até a eleição, a conta de Renan no Instagram estará fora do ar e o TRE ainda lhe aplicou uma multa de 700 mil reais. Esse Renan Fake News é mesmo um condenado — escreveu o presidente da Câmara dos Deputados.