O assessor exonerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois da denúncia envolvendo propagandas em rádios, Alexandre Gomes Machado, tem dito a pessoas próximas que teme ser preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Na avaliação de interlocutores do servidor, a prisão aconteceria caso o presidente da Corte entendesse o comportamento dele como uma forma de atrapalhar a investigação sobre a falta de inserções do presidente Jair Bolsonaro (PL) em emissoras do Nordeste.
Machado foi exonerado do cargo de confiança que ocupava na Secretaria-Geral do TSE. Aos 51 anos, ele é servidor de concursado da Justiça Eleitoral há cerca de 10 anos e possivelmente enfrentará um processo administrativo.
Em depoimento à PF, ele afirma ter alertado seus superiores sobre falhas em propagandas eleitorais. Na versão dele, os relatos são feitos desde 2018. Em nota oficial, o TSE chamou as declarações de “falsas”, “mentirosas” e “criminosas”.
O servidor teme ser preso e afirma que eventual decisão do tipo deixaria familiares e amigos constrangidos. Ele esteve na companhia de seu advogado durante os períodos da tarde e da noite nesta última quarta-feira (26) estudando alternativas para se defender em caso de prisão ou ação judicial.