O ministro da Economia, Paulo Guedes, está nos Estados Unidos para compromissos com representantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista à imprensa, ele criticou “economistas liberais” que manifestaram voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno do pleito presidencial.
Conforme noticiado por este jornal digital, o petista recebeu o apoio de economistas como Henrique Meirelles, Pedro Malan, Armínio Fraga e Pérsio Arida. Guedes, no entanto, colocou em xeque as credenciais liberais desses nomes.
“Será que eram liberais mesmo? Lembro da época que defendiam congelamento de preços, que não eram a favor das privatizações, do câmbio flexível nem do Banco Central independente. Acho que tiveram uma conversão tardia ao liberalismo. Sempre foram social-democratas, nunca liberal-democratas”, declarou.
O ministro avisou que faria uma brincadeira de mal gosto e disse em seguida que os economistas “estão errando tanto as previsões que têm de apoiar o Lula mesmo para poderem achar um emprego, porque o setor privado não vai contratar quem está errando tanta previsão assim”.
Para ele, seu comentário “não é ofensa, mas diagnóstico”. Ele afirma se sentir ofendido quando setores do mercado dizem que o governo de Jair Bolsonaro (PL) ataca a democracia do país. “O modelo econômico que a social-democracia colocou no Brasil é que corrompeu a democracia e estagnou a economia”, avaliou. Guedes também disse que agora é possível ver que “tucanos e petistas sempre estiveram juntos”.