A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta última terça-feira (11), que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) que apura recebimento de propina para favorecer a empreiteira Odebrecht.
No documento, a PGR defende que o inquérito em andamento no STF não foi capaz de “comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida” por parte de Renan. A vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, escreve que “não houve o rastreamento de dinheiro em moeda corrente que teria supostamente sido entregue ao mencionado agente político”.
De acordo com Lindôra, apesar de existirem “diligências investigatórias, compartilhamento de provas obtidas em outras investigações, quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e de dados telefônicos, e a realização de buscas e apreensões autorizadas judicialmente”, não foi possível comprovar que o parlamentar tenha sido beneficiado.
O inquérito foi aberto a partir da delação premiada de executivos da construtora, que esteve no centro da operação Lava Jato. Conforme a acusação, a Odebrecht teria pago R$ 8,5 milhões em propina para diversos políticos a fim de garantir a aprovação de uma resolução que reduziria imposto de importação. Os delatores disseram que Renan teria recebido R$ 1 milhão. A defesa do congressista nega as acusações.