A Justiça de São Paulo converteu em preventiva a prisão em flagrante de Luiz Antônio Ferreira da Silva, acusado de ter assassinado a facadas o seu amigo José Roberto Gomes Mendes por divergências políticas, em Itanhaém, no litoral paulista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o crime aconteceu na terça-feira (4).
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que o delito ocorreu por volta das 15h de terça e que, ao ser acionada para ir ao local, encontrou um homem de 52 anos caído ao solo com ferimentos no rosto, costa e pescoço causados por uma faca. A morte foi constatada por uma equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Os policiais detiveram um homem de 42 anos que relatou ser amigo e morar junto com a vítima e que eles teriam discutido por causa de diferenças políticas. Segundo informações policiais, o autor do crime seria petista e, a vítima, bolsonarista. A briga teria começado após Mendes ter dito a Silva que “todo petista é ladrão”. Silva não teria gostado do comentário e, depois de uma briga, ele teria ser armado com uma faca e desferido ao menos oito golpes contra a vítima, matando-a.
Em nota, a prefeitura de Itanhaém afirmou que o assassino foi preso em flagrante no local e que esfaqueou o amigo por “desinteligência”. Segundo a prefeitura, “ambos tinham instabilidade emocional” e não seria possível afirmar “que a motivação do crime foi política”. A arma utilizada no crime foi apreendida e o homicídio está sendo investigado pela Polícia Civil.
Nos últimos meses, a violência provocada por divergências políticas têm se intensificado. Em julho, o guarda municipal petista Marcelo Aloizio de Arruda foi assassinado pelo policial penal federal bolsonarista Jorge Jose da Rocha Guaranho durante sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu (PR). No mês passado, Rafael Silva de Oliveira esfaqueou e tentou decapitar Benedito Cardoso dos Santos após uma discussão política.