Na visão de muitos analistas, as empresas de pesquisas perderam credibilidade após o primeiro turno das eleições de 2022. Isso porque a diferença entre os resultados das urnas e as projeções para a disputa presidencial foram enormes.
Mas esse suposto erro não foi protagonizado somente na corrida ao Palácio do Planalto. Na maioria dos estados do país o resultado foi completamente diferente do que sugeriam as sondagens.
Um levantamento produzido pela CNN Brasil mostra que os institutos erraram os percentuais do primeiro, do segundo ou dos dois candidatos mais votados. A discrepância ultrapassou a margem de erro em 21 estados e no Distrito Federal.
Em pelo menos 7 estados, as pesquisas erraram a ordem do primeiro e segundo colocados. Apenas cinco unidades da federação convergiram com as previsões dos institutos: Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Tocantins. Nos outros locais, foram constatados diversos erros.
O levantamento comparativo considerou as pesquisas Datafolha, Ipec, Ipespe, Quaest, RealTime Big Data e Atlas divulgadas entre 29 de setembro e 1º de outubro (véspera do pleito).
Em São Paulo, por exemplo, nenhuma pesquisa deu vantagem ao candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos). Pelo contrário. Faltando dois dias para a eleição, o Ipespe apontou que Fernando Haddad (PT) estaria 12 pontos percentuais à frente. No final da apuração, o ex-ministro da Infraestrutura teve 42,3% dos votos, enquanto o petista registrou 35,7%.