O comitê criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar as eleições de 2022 discutiu nesta segunda-feira (26) o fechamento de clubes de tiro no Brasil no dia do pleito.
Outro assunto bastante comentado foi a possibilidade de a Justiça Eleitoral proibir que mesários usem a camisa da seleção brasileira, isso porque parte dos integrantes da comissão acha que a vestimenta foi “apropriada” por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
As duas ideias foram defendidas pela Coalização em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne mais de 200 entidades e movimentos da sociedade civil.
No caso dos clubes de tiro, a ideia é fechar os locais não apenas no dia da eleição, mas em todo o período que compreende entre sexta (30), dois dias antes, até terça (4), dois dias depois.
Na reunião, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, lembrou de medidas já tomadas pelo TSE, como a restrição do porte de arma em locais de votação. Segundo ele, a regra foi firmada a fim de manter a segurança dos eleitores.
Sobre a camisa da seleção, Moraes sinalizou que vai pedir um estudo técnico ao TSE sobre a eventual aplicabilidade da medida. O magistrado não se comprometeu com prazos para nenhuma das sugestões.
No final do encontro, o ministro fez um alerta: será considerado crime de falsidade mentir que digitou o número de um candidato e alegar que apareceu outro na urna. Segundo ele, o eleitor será levado à delegacia e pode responder criminalmente se for comprovada a farsa.
Esta foi a primeira vez que o comitê se reuniu desde que Alexandre de Moraes foi eleito para a presidência do Tribunal, em 16 de agosto. O grupo foi criado em setembro de 2021 pelo então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.