A Itália elegeu neste último domingo (25) a coligação de direita liderada por Giorgia Meloni, de 45 anos. Com 99,7% das urnas apuradas, o grupo político recebeu 44% dos votos. Com isso, o país terá a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra da história.
O crescimento do Fratelli d’Italia (FdI, na sigla em italiano, que significa Irmãos da Itália) foi meteórico nestas eleições. Em 2018, no último pleito legislativo, a sigla recebeu somente 4,3% dos votos.
A coligação que apoiará Giorgia Meloni tem La Liga (A Liga, em português), de Matteo Salvini, e Forza Italia (Força, Itália), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Em segundo lugar ficou a chapa de esquerda liderada pelo PD (Partido Democrático), de Enrico Letta, que registrou 19% dos votos. Em terceiro, o MS5 (Movimento 5 Estrelas), de Giuseppe Conte, com 15,5%.
As eleições estavam programas para acontecer no primeiro semestre de 2023, mas foram adiantadas para setembro de 2022 depois que Mario Draghi renunciou ao cargo de premiê em julho deste ano. Ele deixou o governo depois de perder o apoio de partidos de sua base.
GIORGIA MELONI
A nova primeira-ministra é formada em jornalismo e tem uma filha. Ela é defensora da família tradicional, contra o aborto e contra pautas LGBTs. Além de ser co-fundadora e presidente do FdI, também está à frente do Partido Conservador e Reformista Europeu.
É integrante da Câmara dos Deputados desde 2006 e chegou a ocupar o cargo de ministra da Juventude durante o quarto mandato de Berlusconi, entre maio de 2008 e novembro de 2011. É contra a política de imigração em massa e defende que a Itália aumente a proteção das fronteiras.