A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia aumentou a expectativa para o crescimento da economia este ano. Em mais um sinal de melhora, a previsão para a inflação diminuiu. As projeções estão no Boletim MacroFiscal divulgado nesta quinta-feira (15).
A espera de alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2% para 2,7%, em relação ao boletim divulgado em julho, reflexo do aumento do emprego, do desempenho do setor de serviços e da elevação da taxa de investimento.
De acordo com o Ministério da Economia, houve expansão no mercado de trabalho, com a taxa de desocupação caindo para 9,1% no trimestre encerrado em julho e o contingente de pessoas ocupadas chegando a quase 100 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012.
A pasta espera a continuidade do crescimento das atividades ao longo deste segundo semestre de 2022. “As primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho continuam crescendo. As séries de confiança confirmam as expectativas positivas para o terceiro trimestre de 2022, com expansão disseminada nos diversos setores”, diz o documento.
Entretanto, as estimativas pressupõem alguma desaceleração da economia ao longo desse período em razão de riscos externos, como a desaceleração do crescimento global e os impactos da guerra na Ucrânia. Nesse contexto adverso, houve uma revisão das taxas de crescimento dos países desenvolvidos e emergentes que ajudam a compor o cenário básico para as projeções.
Para os próximos anos, de 2023 a 2026, a estimativa de crescimento do PIB brasileiro se manteve em 2,5%.
Já a projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 7,2% para 6,3%. A meta para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Desde janeiro até agora, o IPCA já acumula alta de 4,39% e, em 12 meses, o índice total está em 8,73%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo, deverá encerrar este ano com variação de 6,54%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,87 ponto percentual em relação ao boletim anterior.