A Argentina é a segunda maior economia da América Latina. No entanto, nos últimos anos, o país amarga uma série de maus resultados no que tange ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e da taxa de inflação.
Na última sexta-feira (9), o Banco Central divulgou uma estimativa para a inflação anual e aumentou a previsão para 95%, uma alta de 4,8 pontos percentuais em relação à última sondagem divulgada em agosto.
Isso significa que os preços para o consumidor continuarão altos no país, especialmente de alimentos e combustíveis. Para muitos analistas, a crítica situação inflacionária já é considerada crônica.
“A Argentina tem um problema crasso. Quer fazer um populismo inócuo. Outros países também já tentaram. Tentou trazer as benesses, fazer política fiscal expansionista sem ter dinheiro”, declarou o economista Roberto Dumas à CNN.
“Com inflação perto de 100%, é difícil controlar com juros. É hora de o governo entender que o peso não vale mais o que valia e que a população não crê mais na política monetária do país, por mais que se tente fazer uma política ortodoxa, subindo juros. É difícil acreditar que peso argentino deixará de perder valor”, acrescentou.
Ainda de acordo com o estudo do BC argentino, a inflação anual deve atingir 84% e cair para 63% em 2024.
Nos últimos dias, o Banco Mundial anunciou a liberação de US$ 900 milhões em crédito para a Argentina nos próximos 6 meses, valor que se soma a US$ 1,1 bilhão que a entidade já desembolsou somente em 2022.