A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, foi sabatinada nesta sexta-feira (26) no Jornal Nacional, da TV Globo, pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos.
Durante sua fala, buscou se afastar do “velho MDB”, admitiu casos de corrupção no partido, mas afirmou que sua legenda é maior do que “meia dúzia de caciques”.
Na entrevista, direcionou seu discurso ao eleitorado feminino, defendendo que, se eleita, vai priorizar medidas que tornem iguais os salários de homens e mulheres no Brasil.
Questionada sobre a representação feminina dentro do MDB, que é ínfima, respondeu que pretende estabelecer um percentual mínimo de 30% para mulheres nas executivas estaduais da sigla.
“Mulher vota em mulher. Se ela souber que tem uma mulher competitiva, corajosa, que tem currículo, que trabalha. Quantas mulheres de chão de fábrica, quantas professoras, quantas líderes comunitárias, quantas mulheres das comunidades têm condições e liderança. Então, quando nós tivermos 30% de mulheres nas executivas, nós vamos fazer a diferença e nós vamos mudar esse percentual”, declarou.
Afirmou ainda que, se chegar ao Palácio do Planalto, seu governo será um presidencialismo de “conciliação”, não de “cooptação”. Disse que escolherá ministros com base no critério de honestidade e capacidade técnica, mas deixou claro que haverá espaço para políticos aliados que formam sua coligação.
“Nós vamos governar com os partidos que se somam conosco. Ninguém faz nada sozinho, mas é preciso apenas duas características, e eu vou exigir apenas duas coisas para estar no ministério, ser honesto e ser competente. Independente de qualquer outro posicionamento. E nós temos muita gente honesta no Congresso Nacional e dentro desses partidos”, frisou.