O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, assinou nesta quinta-feira (25) um termo da Fundação Abrinq, organização filantrópica da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos, prometendo criar políticas públicas destinadas ao bem-estar de crianças e adolescentes.
Ele aproveitou o ato para voltar a criticar a política industrial de comércio exterior, associando-a ao fechamento de fábricas brasileiras ao longo das últimas décadas.
Ao defender que é papel do Estado proteger os produtores brasileiros sem desestimular a concorrência internacional, o pedetista citou os “padrões chineses” como “referência para a nossa busca” em termos de estímulo à modernização tecnológica.
“O Brasil, que já teve 600 fábricas de brinquedos, perdeu 200 [nos últimos anos]”, comentou Ciro, antes de ser informado pelo presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, de que, atualmente, apenas metade dos brinquedos vendidos no país é produzida no Brasil. Os outros 50% são comprados da China.
“Isto não é incompetência. É porque o projeto de Brasil há muito tempo desertou da tarefa de criar um ambiente de negócios favorável a quem produz e a quem trabalha”, acrescentou ele. Disse também que, se eleito, seu governo vai “transformar o atual ambiente de negócios hostil aos empreendedores em um ambiente estimulante”.
“Precisamos interromper a tragédia do Brasil ser o país que mais fechou indústrias ao longo dos últimos 20 anos. E por que? Porque todas as variáveis do ambiente de negócios são hostis. É preciso consertar as condições de empreender tendo os padrões chineses ao menos como referência para a nossa busca”, declarou ele.
Além de Ciro Gomes, outros quatro candidatos à Presidência da República já assinaram o termo do Programa Presidente Amigo da Criança: Soraya Thronicke (União Brasil); José Maria Eymael (DC); Felipe D´Ávila (Novo) e Simone Tebet (MDB). A Fundação Abrinq convidou todos os candidatos a assumir o compromisso e está em contato com as equipes de campanha dos demais.