O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) voltou a subir o tom contra a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à presidência da República.
Por meio das redes sociais, o parlamentar reproduziu trecho em video de um evento da Aula aberta: Universidade Pública e Democracia, que aconteceu na USP, Universidade de São Paulo.
Em discurso, a professora Ermínia Maricato, ligada à instituição, fez uma menção negativa ao segmento evangélico. Arquiteta e urbanista, Maricato falou sobre a necessidade de o Brasil promover uma reforma urbana. Na ocasião, ela criticava a ausência de estrutura e serviços públicos em grandes regiões de metrópoles.
— [Partes das cidades] sem Estado. E o que significa isso? Significa periferias violentas. Periferias dominadas pelo crime organizado. Periferias dominadas pela milícia que têm na produção de moradia um grande negócio. Periferias dominadas por igrejas que fazem parte de uma verdadeira máfia — declarou.
O ato contou com a participação de Lula (PT) e de Fernando Haddad, que compõe o mesmo partido, e é candidato ao governo de São Paulo.
Repercussão
Em reação, Março Feliciano repudiou o teor das alegações. Para ele, Lula pode, sim, dar início a uma perseguição política e religiosa opositores, incluindo o segmento cristão.
— Ontem Lula e Haddad participaram de evento na USP onde uma professora esquerdopata acusou as igrejas evangélicas de serem máfias. Ora, se nos consideram mafiosos, bem certo é que se chegarem ao poder vão mandar nos prender. Questão de lógica — escreveu o deputado.
Ontem Lula e Haddad participaram de evento na USP onde uma professora esquerdopata acusou as igrejas evangélicas de serem máfias.
Ora, se nos consideram mafiosos, bem certo é que se chegarem ao poder vão mandar nos prender.
Questão de lógica… pic.twitter.com/zuEeOKdHZV
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) August 18, 2022
Clima de rejeição
Nas últimas semanas, o PT passou a usar as redes sociais para rebater as acusações que têm recebido. A sigla afirma que respeita todas as religiões, alem de frisar que não existe fundamentos que sustentem narrativas de que seus representantes atuem com intolerância religiosa ou vislumbrem a possibilidade de restringir a liberdade de culto no país.
Lula, inclusive, tem veiculado peças publicitárias dizendo que não é verdade o que tem sido entoado por representantes do segmento cristão contra ele.
Em contrapartida, no reduto evangélico, o timbre contra o lulopetismo só aumenta. A rejeição não parte apenas de parlamentares, mas tem sido diuturnamente ministrada por lideranças das maiores denominações evangélicas do país. Sem sucesso, a esquerda persiste e, por consequência, continuará buscando alternativas para extrair votos dos religiosos.