Candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante entrevista à Radio Super FM, de Belo Horizonte, que irá corrigir a tabela do Imposto de Renda.
Sem dar muitos detalhes, por ora, o petista frisa que o tema ainda está em discussão. Ele diz defender que a nova faixa de isenção do IR esteja na casa dos R$ 5 mil.
— Quando [eu] era presidente, reajustei a tabela do imposto de Renda. Eu lembro que fui à porta de fábrica para anunciar reajuste da tabela para os trabalhadores. Eu disse ontem que não é possível que tudo tenha reajuste, apenas a tabela do IR não tem reajuste. Estamos fazendo uma discussão, ainda no âmbito econômico, [mas] eu trabalho com essa ideia — declarou o esquerdista.
— Temos que escolher uma faixa maior para isentar do imposto de renda. Hoje, [a faixa] é de R$ 1,9 mil. Eu penso uma por volta de R$ 5 mil. Mas temos que discutir. Na hora em que você fizer isso, você vai ter que deixar de arrecadar uma quantidade enorme de dinheiro e dizer de qual outra fonte você vai tirar esse recurso. Não tenho pressa para fazer isso — completou.
Bolsonaro já havia dito o mesmo
Na semana passada, conforme noticiou o Conexão Política, Jair Bolsonaro (PL) se manifestou publicamente e prometeu avançar no assunto
A proposta do governo federal é de zero imposto para quem ganha até 5 salários mínimos. Isenção beneficiaria quem recebe hoje cerca de R$ 6.060,00, ou o equivalente a R$ 72.720 por ano.
Atualmente, está isento quem ganha até R$ 1.903,98, ou R$ 22.847,76 por ano.
— A proposta do Paulo Guedes […] é a seguinte: quem ganha até cinco salários mínimos não paga imposto de renda. E, dali para frente, uma alíquota única de 20% — relatou o chefe do Executivo federal, destacando que a inciativa do ministro da economia era, na visão dele, um gesto ‘ousado’.
O plano de governo à reeleição também contempla medida vislumbrada pela equipe econômica do mandatário. O documento, já protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cita detalhes sobre os rendimentos.
“O governo reeleito de Jair Bolsonaro continuará perseguindo a efetivação dessa proposta e a ampliação da desoneração ao trabalhador. Sem a pandemia e com o crescimento econômico, com responsabilidade fiscal, será possível perseguir o objetivo de isentar os trabalhadores que recebam até 5 salários mínimos durante a gestão 2023-2026”, sustenta a resolução.