Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) classificaram as críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra ministros da Corte como “ato de desespero”. Eles chamaram de “pirotecnia” a tentativa do presidente de convocar a população para um novo ato de 7 de setembro. As informações são da CNN Brasil.
De acordo com o canal de TV, os magistrados entendem que a reunião feita com embaixadores no início do mês passado consolidou a percepção de que não há espaço para obter êxito em alguma tentativa de ‘golpe’ ou qualquer ato contra a institucionalidade.
Ainda conforme a CNN Brasil, o Judiciário tem avaliado que as falas de Bolsonaro não encontram respaldo entre a cúpula das Forças Armadas e, para além disso, o chefe da nação busca reunir apoiadores em setembro, mas que o ato não passará de “pirotecnia”.
Constantemente, veículos de comunicação conseguem declarações de ministros da Corte sob condição de anonimato. A troca de declarações é alvo de diversas críticas, especialmente pelo fato de os ministros externarem opiniões pessoais como se estivessem narrando um debate político. Na maioria das vezes, posicionamentos contrários ao chefe do Executivo federal acabam não apenas inflando a harmonia entre os Poderes, mas também influenciando as decisões políticas do país.
‘A Crise dos Três Poderes’
Na próxima sexta-feira, 5, a empresa Brasil Paralelo lançará a segunda parte do seu mais novo documentário: ‘A Crise dos Três Poderes’. A obra promete dissecar o momento de turbulência que o país atravessa.
Exclusivo para membros, o filme estará disponível na BP Select, plataforma de streaming da Brasil Paralelo. A assinatura da ferramenta custa R$ 19 mensais.
A produção conta com o posicionamento de juristas, advogados, analistas e cientistas políticos, filósofos e professores universitários, além de ex-integrantes da Suprema Corte do Brasil, como Ayres Britto e Nelson Jobim, e o ex-presidente Michel Temer.
Entre as personalidades ouvidas no filme está Luiz Philippe de Órleans e Bragança, mestre em Ciência Política pela Universidade de Stanford, MBA na INSEAD em Paris, empresário e deputado federal por São Paulo.
A obra foi dirigida por Lucas Ferrugem. O roteiro do longa ficou a cargo de Flavio Morgenstern, Marcus Vinícius Lins e Rodrigo Fracarolli.