Nesta terça-feira (2), o Partido Comunista da China (PCC) ordenou que aviões de guerra façam manobras perto da linha mediana que divide o Estreito de Taiwan. Além das aeronaves, navios chineses navegam pela região desde as primeiras horas do dia, conforme informações da agência Reuters.
A China se posicionou contra uma possível visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. Ela fará durante esta semana uma viagem diplomática pelo continente asiático.
Apesar de a ilha não constar na agenda da congressista, há expectativa de que ela desembarque na região nas próximas horas, o que fez o regime de Xi Jinping subir o tom e colocar seu Exército de prontidão.
Conforme a agência, os aviões chineses fizeram movimentos táticos de “tocar” brevemente a linha mediana e circular de volta para o outro lado do estreito. Em nota, o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou ter conhecimento das atividades e garantiu que seus militares acompanham as “ameaças inimigas”.
A questão taiwanesa é um dos assuntos mais delicados para a China ao longo das últimas décadas. A região é governada de forma independente desde 1949. O país comunista, no entanto, considera a ilha como parte de seu território.
Na segunda (1º), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, afirmou que seus homens “estão de prontidão” para dar “respostas resolutas e fortes contramedidas para defender sua soberania e integridade territorial”.
A Marinha dos EUA posicionou quatro navios de guerra, incluindo um porta-aviões, na costa leste de Taiwan, enquanto a líder da Câmara deve desembarcar em Taipei. Apesar da especulação, o pentágono garante que a movimentação faz parte de uma ação de rotina.
“Embora sejam capazes de responder a qualquer eventualidade, são implantações normais e de rotina”, afirmou um funcionário do alto escalão à Reuters, sob condição de anonimato, acrescentando que o navio de assalto anfíbio USS Tripoli também estava na área.