Após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, rejeitar um pedido do prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley (MDB), aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que pretendia adiar a convenção do partido, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) será oficializada nesta quarta (27) como candidata à Presidência do Brasil.
Com o apoio do presidente nacional da legenda, deputado federal Baleia Rossi (SP), a congressista terá a missão de pacificar a sigla institucionalmente e evitar uma nova disputa entre os caciques emedebistas durante a votação de hoje.
“Atuamos para reposicionar o MDB desde 2019. Lutamos por uma Câmara e um Senado independentes, e recusamos qualquer participação no governo. A candidatura da Simone é o resultado de todo esse processo de renovação democrática do MDB. Ela sempre foi emedebista, tem experiência no Executivo e no Legislativo e fez um grande trabalho no Senado”, afirmou Baleia ao Estadão.
Pela primeira vez, uma convenção nacional do MDB será feita por videoconferência, o que gerou protestos por uma ala de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sigla. Mesmo assim, com a decisão de Fachin, o evento foi mantido e será transmitido ao vivo pelo YouTube.
Até o momento, a preferida para a vaga de vice-presidente na chapa com Simone Tebet é a também senadora Eliziane Gama (Cidadania-DF), depois que o tucano Tasso Jereissati (CE) abriu mão da disputa.
Aliados da candidata esperam que ela conte com R$ 40 milhões dos cerca de R$ 400 milhões do Fundo Eleitoral do MDB, o que seria equivalente a 10% dos 30% reservados à cota de mulheres.