O ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou ao Correio Braziliense nesta terça-feira (12) que, se eleito, vai manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600. O petista também direcionou críticas a Jair Bolsonaro (PL) por criar benefícios que terminam em dezembro.
“Eu quero manter [o valor]. O PT queria que o auxílio fosse de R$ 600 já em 2020. Bolsonaro fez uma coisa engraçada: criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro”, declarou.
O Conexão Política consultou a assessoria da Presidência para comentar as falas do petista, mas ainda não obteve resposta. No final de junho, o chefe do Executivo justificou o aumento do valor como uma resposta ao “sofrimento dos mais humildes” e uma forma de “atender a todos”.
O Auxílio Brasil surgiu em 2021, em substituição ao Bolsa Família. Inicialmente, foi fixado um valor médio de R$ 400. Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios que tramita no Congresso, a quantia pode chegar a R$ 600.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de os programas sociais criarem uma “bomba fiscal de R$ 41 bilhões” para o próximo governo, Lula disse que sempre atuou com “responsabilidade fiscal, social, econômica” durante os governos do PT, mas voltou a criticar o teto de gastos.
“Em nenhum país existe esse teto. Nem no Brasil, onde a toda hora se cria uma exceção ao teto. O maior problema de teto no Brasil são as milhares de famílias que viraram sem teto nas grandes cidades, morando nas ruas. Esse é o teto que me preocupa”, respondeu.