O principal operador do escândalo do mensalão, Marcos Valério, relatou em colaboração premiada com a Polícia Federal (PF) que Celso Daniel —então prefeito petista de Santo André assassinado no ano eleitoral de 2002— havia produzido um dossiê que abalaria a República.
O arquivo, segundo ele, detalhava nomes que estariam sendo financiados de modo ilegal. No entanto, o que Celso não sabia, é que mais pessoas e grupos estavam sendo beneficiados pela arrecadação clandestina.
“O Celso Daniel tinha feito um dossiê mostrando quem era do PT que estava sendo financiado e quem tinha pedido para ele para dar a ajuda em Santo André, ele como prefeito. Esse dossiê sumiu”, mencionou.
De acordo com Valério, o documento que havia sido elaborado pelo prefeito desapareceu. Ele frisa que “ninguém achou esse dossiê mais”.
Ainda em depoimento à PF, é dito que o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu afastar os políticos envolvidos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Na prática, a sinalização visava “limpar” a imagem da sigla de uma série de impactos políticos, incluindo os episódios anteriormente citados.
“A posteriori, o PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que vocês vão ver que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”, sustentou o delator.
Em outro momento do depoimento, com trechos veiculados pela VEJA, Marcos Valério faz outras menções que envolvem o PT e o PCC.
Confira mais trechos da fala, conforme veiculou o Conexão Política.