A oposição ao governo federal trabalha nos bastidores para montar uma maioria contrária ao Executivo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC).
A ideia dos congressistas é tentar reativar a fórmula adotada na CPI da Pandemia, na qual o Palácio do Planalto foi o principal alvo das investigações.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento, informou à CNN Brasil os nomes que vêm sendo analisados e que podem ser indicados ao novo colegiado. São eles, de acordo com os partidos:
MDB: Renan Calheiros (AL) e Marcelo Castro (PI)
PSDB: Alessandro Vieira (SE) ou Izalci Lucas (DF)
Podemos: Jorge Kajuru (GO)
PSD: Carlos Favaro (MT) e Daniella Ribeiro (PB)
Rede: Randolfe Rodrigues (AP)
PT: Jean Paul Prates (RN), Fabiano Contarato (ES) ou Humberto Costa (PE)
Caso a lista se confirme, seriam pelo menos 8 nomes oposicionistas ou independentes, um a mais do que o grupo de 7 parlamentares que liderou a CPI da Covid em 2021, cujo bloco que ficou conhecido como ‘G7’.
Assim, os políticos já começaram a discutir a lista de alvos que serão chamados para depor. Segundo eles, as oitivas de ministros, ex-ministros e da cúpula do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) serão prioridade.
O FNDE é responsável por gerenciar as despesas do MEC, sendo comandado por aliados do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, líderes do chamado Centrão.
O atual presidente do órgão, Marcelo Lopes, foi chefe de gabinete de Ciro no Senado Federal. Já Garigham Amarante Pinto, diretor de Ações Educacionais, foi indicado por Valdemar. Foi através do FNDE que foram fechados contratos com prefeituras com intermediação dos pastores Gilmar e Arilton.
“Vamos chamar a cúpula do FNDE para depor certamente”, declarou o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), um dos que subscreveram o pedido de apuração.
Vieira aponta que também deverão ser convocados o ex-ministro Milton Ribeiro, o atual ministro Victor Godoy, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.