Um homem querido, trabalhador e muito dedicado à família. O segurança Jorge Luiz Antunes, de 49 anos, que morreu depois de um assalto a uma joalheria no shopping VillageMall, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, neste sábado (25), deixou de ir ao aniversário do neto de seis anos para garantir o sustento de seus familiares.
Desempregado há cinco anos, ele atuava como freelancer no shopping há cerca de um ano e meio. Pelo plantão, Antunes receberia cerca R$180, conforme apurou o jornal O Dia.
Vítima da criminalidade, a investida contra o estabelecimento de luxo que resultou na morte de Jorge envolveu ao menos 12 bandidos fortemente armados. A ação chegou a fazer algumas pessoas de reféns.
Morador de Nova Iguaçu, o segurança deixou a esposa, quatro filhos e netos. Neste domingo (26), familiares foram ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro, fazerem o reconhecimento do corpo da vítima.
Ao falar sobre tamanha brutalidade, a sobrinha Kênia Cristina Antunes, de 29 anos, lamentou o episódio. “Foi uma covardia. Deram um tiro no rosto dele, que colocou as mãos na frente para se defender. Ele era o cabeçada família. Minha tia trabalhava como auxiliar de serviços gerais e perdeu o emprego há um mês. Eles iam começar uma obra de reforma na casa deles. O material está comprado e o pedreiro iria lá hoje. O trabalho no shopping era o ganha pão dele”, desabou, em registro do portal O Dia.
Apaixonado por futebol, Antunes era flamenguista e uma pessoa muito ligada ao seu grupo familiar. Antes de prestar serviços como segurança, ele atuava descarregando caminhões. Além dele, dois filhos também prestam serviços de segurança no shopping.
“Com a morte dele, cada um de nós perdeu um pedaço. A esposa e os filhos deles estão arrasados. Nem tiveram forças para identificar o corpo no IML”, completou Kênia.
Ana Maria, irmã de Antunes, fez questão de dizer que ele trabalhava honestamente e estava se esforçando diariamente para garantir a sobrevivência do lar. O crime ocorreu por volta das 18h. Houve tiros, muita correria e pânico no shopping.
A 16ªDP (Barra da Tijuca), da Delegacia de Homicídios da Capital e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) investiga o caso.