O procurador da República Flávio Matias, que coordena a atividade policial em Sergipe, instaurou um procedimento para avaliar a necessidade de instalação de câmeras de vídeo nas fardas dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O objetivo do representante do Ministério Público Federal (MPF) é acompanhar as atividades dos policiais e inibir a violência durante as abordagens.
A sugestão foi feita no âmbito da investigação que apura a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o homem aparece trancado em uma viatura que continha gás lacrimogêneo em seu interior.
“A análise do uso de câmeras se mostra ainda mais necessária […] se considerarmos o teor da primeira nota divulgada à imprensa pela PRF a espeito da morte de Genivaldo de Jesus, na qual foram prestadas informações posteriormente contrariadas pelas gravações realizadas por pessoas que presenciaram a trágica abordagem, somente depois vindo a PRF a mudar de postura e a recriminar os graves atos praticados por seus agentes nesse caso concreto”, diz a nota da Procuradoria.
No despacho, o procurador determina que as secretarias de segurança pública das 27 unidades federativas sejam oficiadas para que prestem informações sobre o uso de câmeras de vídeo corporais por seus agentes. As pastas têm 15 dias para responder ao MPF.