A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) informou nesta sexta-feira (27) ao Partido dos Trabalhadores (PT) que não vai concorrer a uma vaga ao Senado Federal.
A sinalização foi antecipada pela colunista Rosane de Oliveira, do site GaúchaZH.
D’Ávila, que é do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), estava cotada para ser candidata ao posto pelo Rio Grande do Sul. Em março deste ano, ela recebeu o convite de Edegar Pretto, pré-candidato ao governo pelo PT, para entrar na disputa sob apoio da sigla lulopetista.
Em nota, ela diz ser vítima de violência política e alega receio de ter sua integridade física violada, além de temer pela segurança de sua família, que, segundo ela, tem sido alvo de ameaças e perseguição por parte de opositores.
Nos bastidores, tem sido dito que Manuela vai contribuir com a campanha de aliados, mas sem papel de protagonismo.
Por meio do Twitter, ela garantiu que não tem pretensão de se envolver em nenhum cargo eletivo em 2022.
Confira, abaixo, o pronunciamento:
Gosto de falar com vocês aqui, esse espaço de afeto e luta que construímos. Há dois anos tenho dito que não tenho pretensão de concorrer a nenhum cargo eletivo em 2022. Não desisti de nenhuma disputa, portanto, pelo simples fato de que nunca afirmei que estaria nela.
Claro, Sei da importância desse processo eleitoral e entendo a expectativa criada a partir de convites que recebi. Todas as nossas lutas, sejam eleitorais ou não, foram e são importantes para acumularmos forças para esse momento mais favorável que vivemos agora.
Estivemos juntas, nos últimos anos, nas ruas resistindo ao golpe contra Dilma, denunciando a prisão ilegal de Lula. Cumpri meu papel de cidadã quando no dia das mães de 2019 recebi de um hacker denúncias importantes contra os membros da operação Lava Jato.
Estive na linha de frente nas eleições majoritárias de 2018 e 2020. Sabemos como esses processos foram duros e violentos para mim e para minha família.
Diante da importância dessa eleição, meus companheiros dirigentes políticos dos partidos que apoiam Lula no RS sabem que trabalhei muito por um palanque unitário que nos envolvesse todos, sobretudo os três candidatos ao governo do estado, fortalecendo nossa chapa.
Sempre estive a disposição para construirmos esse palanque unitário que, infelizmente, não se materializou. Sou militante política muito antes de ter mandato e continuei sendo depois deles.
Afinal, não são os mandatos que me fizeram militante: são nossas causas, nossos sonhos de justiça e liberdade. É isso que fará com que eu esteja na luta, junto com cada um e cada uma de vocês, para que derrotemos o Bolsonarismo lá e aqui. Sei que venceremos! Beijo e boa luta!