Agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), funcionários da prefeitura e policiais civis e militares desencadearam na madrugada desta última quinta-feira (11) uma operação contra o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, conhecida como “nova Cracolândia”. A força-tarefa contou com a participação de 200 policiais civis, 300 policiais militares e 150 guardas civis.
A ação faz parte das Operações Caronte e Sufoco e deu cumprimento a mandados de prisão, busca e apreensão que foram expedidos pelo Poder Judiciário após trabalhos de investigação e inteligência.
A operação começou às 4 horas da manhã e deteve 20 pessoas, sendo 5 delas em flagrante. Segundo o delegado seccional da região central da cidade de São Paulo, Roberto Monteiro, os presos eram traficantes.
“O que descobrimos no trabalho de inteligência é que, na verdade, não se tratava de uma venda e consumo por dependência. Na verdade se tratava da existência de vários traficantes, hierarquizados, mantidos em organização criminosa, que faturavam, segundo nossa estimativa, perto de R$ 200 milhões por ano”, disse ele, em entrevista coletiva.
A operação, segundo o delegado, foi planejada por uma força-tarefa que chegou a utilizar policiais infiltrados para identificar os traficantes. Tijolos de maconha e de crack, balanças, facas, documentos roubados, capas de celulares e dois simulacros de armas foram apreendidos durante a ação.
Nova Cracolândia
A “nova Cracolândia” surgiu em março deste ano, quando usuários migraram do entorno da Praça Júlio Prestes – onde permaneceu por cerca de 30 anos, segundo o delegado seccional – para a Praça Princesa Isabel.
Relatos diziam que a mudança de local teria sido uma ordem do crime organizado, mas na época, o então governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negou a informação.