O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (9) que os alertas de desmatamento na Amazônia em abril são “péssimos” e “horrorosos”.
O general reconheceu que há falhas nas ações para preservar a floresta e disse que o governo federal precisará identificar onde está errando. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os avisos ultrapassaram a marca de 1.000 km² entre 1º e 29 de abril.
— [Os números são] péssimos, horrorosos. Estamos vendo aí onde é que estamos errando. Nós temos aquela Operação Guardiões do Bioma, que é uma operação conjunta do Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Justiça. Então, tem que ver com eles aí onde é que está havendo a falha — disse Mourão a repórteres.
— Os maiores índices nesse mês de abril foram lá no estado do Amazonas, naquela região sul do Amazonas, uma região um pouco complicada ali, ao longo da BR-230, ali [próximo de] Humaitá e Apuí. Então, tem que ver o que está havendo, onde é que nós estamos errando — acrescentou.
Apesar da piora nos números, o vice descartou uma nova operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com atuação de militares no combate ao desmatamento, como foi realizada em 2021. Segundo ele, o “orçamento estrangulado” dificulta uma nova ação do tipo.
— O nosso problema para melhorar a fiscalização é que a gente consiga implantar o sistema de bases fixas que está previsto no plano aí no Guardiões do Bioma. Mas aí depende de recurso — lamentou.
Hamilton Mourão é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), um colegiado responsável por coordenar as ações de preservação no bioma. O grupo deve se reunir, com a presença de governadores da região, na próxima quarta-feira (11).