O ex-governador Ciro Gomes, candidato a presidente da República pelo PDT, tem buscado emplacar o nome dele ao Palácio do Planalto. Em 2018, o cearense surpreendeu ao ficar isolado na 3ª colocação, superando nomes veteranos da política, a exemplo de Geraldo Alckmin (PSB) e Marina Silva (Rede).
A partir daquele pleito, Ciro iniciou uma preparação para retornar fortalecido à corrida eleitoral deste ano, visando romper a polarização entre Bolsonaro e Lula. No entanto, a cinco meses das eleições de outubro, o cenário político parece não favorecê-lo como esperado, especialmente no próprio reduto. Na última disputa, ele encerrou o primeiro turno em seu estado com 41% dos votos válidos contra 33% do candidato petista, Fernando Haddad, e 21% de Jair Bolsonaro. O Ceará foi o único estado em que Ferreira Gomes saiu vitorioso naquela eleição.
No entanto, no cenário atual, o pedetista faz parte de um contexto totalmente contrário ao conquistado anteriormente. É o que mostra o mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas, realizado entre os dias 1º e 6 de maio e divulgado neste sábado (7). Nele, Ciro atinge 14,4% das intenções de voto. O presidente da República, Bolsonaro, pontua quase o dobro, com 25,8%. Luiz Inácio da Silva, por sua vez, crava 44,4%.
Os demais candidatos surgem bem atrás. André Janones (Avante) tem 1,8%. Logo em seguida, aparecem o ex-governador João Doria (PSDB), com 0,6%; a socióloga Vera Lúcia (PSTU), com 0,4%; a senadora Simone Tebet (MDB), com 0,3%, o cientista político Luiz Felipe d´Avila (Novo), com 0,2%, e o deputado Luciano Bivar (União Brasil), com 0,1%. O advogado José Maria Eymael (DC) não pontuou. Cerca de 8,4% dos entrevistados sinalizam que pretendem direcionar seus votos em branco, em nenhum dos candidatos ou anular. Outros 3,6% não souberam ou não responderam.
O Paraná Pesquisas ouviu 1.540 eleitores em 60 municípios do Ceará. A sondagem foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o n.º BR-01705/2022.