Em tom incisivo e sob discurso em clima de campanha, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu os ataques contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
As declarações ocorreram durante ato realizado em Brasilândia, em São Paulo.
Tido como o principal adversário do atual líder da nação, Lula não poupou o governo federal. Em determinado momento da fala, o petista afirmou que Bolsonaro “gosta de arma” e “não gosta de gente, gosta de policial”.
— Ele não tem sentimento, ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livro, ou estaria distribuindo nas escolas. Ele gosta de arma. Ele gosta de distribuir armas, de abrir escolas de tiro ao alvo. Ele gosta de facilitar o consumo de rifles e de pistolas. Quando na verdade o povo brasileiro não está precisando de armas, está precisando de paz. Está precisando de livro, de escola, de viver um clima de amor, de harmonia, de afeto — disse o petista.
Segundo o esquerdista, houve “falta de sentimento” de Bolsonaro ao reagir sobre as mortes de 650 mil pessoas no país por causa da covid-19. Ele também mencionou as 230 mortes nas catástrofes causadas pela chuva em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em fevereiro.
Aproveitando o contexto, o político também criticou o indulto concedido pelo presidente ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), além de frisar que quem ocupa o Palácio do Planalto é um “Zé Ninguém” no âmbito das relações internacionais do país.
— O Brasil tem que ter um presidente que converse com os Estados Unidos, que converse com a China, com a Bolívia, com a Argentina, que converse com o mundo inteiro. Nós temos um Zé Ninguém, que conversa com ninguém, que só sabe levantar 5h da manhã para contar mentiras — completou.