Recém formalizado na Câmara dos Deputados, o partido União Brasil, resultante da fusão do PSL com o DEM, sinaliza pode abandonar o chamado ‘centro democrático’, que visa consolidar uma ‘3° via’ nas eleições de outubro.
Recém anunciada, a possibilidade já tem gerado tumulto nos bastidores da política, especialmente entre o núcleo do PSDB, que teme ficar isolado com a candidatura de João Doria.
O União, que forma uma das maiores bancadas, possui atualmente 47 parlamentares. Antes, a sigla reunia 79 nomes, mas perdeu 32 integrantes após o encerramento da ‘janela partidária’ — período específico para deputados federais trocarem de partido sem perderem seus mandatos.
Na tarde desta quarta-feira, 27 de abril, Luciano Bivar informou que o partido cogita se desvincular da via que deve concentrar os principais nomes do centro, na busca de oferecer uma candidatura única e definitiva. Ao jornal O Globo, Bivar relatou que, se não houver um consenso, a legenda vai oferecer uma outra alternativa.
Anteriormente, na terça (26), o encontro entre dirigentes do União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania em Brasília não resultou em avanços significativos, continuando com um quadro de indefinição sobre a escolha de um candidato único.
— Pelo tamanho que é, o União Brasil tem uma responsabilidade grande de oferecer uma alternativa e certamente vai oferecer uma alternativa. Não vamos ficar omissos na situação em que o país está — garantiu Bivar.
Ainda não se sabe, por ora, se o partido surpreenderá apoiando algum nome entre Bolsonaro e Lula, ou se buscará emplacar uma chapa-pura ao Palácio do Planalto.