Pela primeira vez desde 2011, a Netflix reportou uma perda de 200 mil assinantes entre janeiro e março deste ano. Foi o primeiro resultado negativo em balanços trimestrais em mais de uma década.
A região da Ásia e países do Pacífico (APAC) foi a única no planeta que registrou saldo positivo. Com isso, a companhia projeta que os danos podem ser maiores no segundo trimestre deste ano, podendo chegar na casa de 2 milhões de cancelamentos.
A expectativa da empresa era que o número de membros crescesse 2,5 milhões nos três primeiros meses de 2022. De acordo com a Bloomberg, a estratégia a partir de agora será introduzir uma opção mais barata de assinatura, custeada com publicidade, já nos próximos anos.
Além disso, a Netflix também pretende cortar custos na produção de séries e filmes, além de reprimir o compartilhamento de senhas. Estima-se que 100 milhões de usuários desfrutam de senhas de terceiros em todo o mundo. Por causa de fatores como o aumento da concorrência, o ritmo de crescimento da plataforma de streaming desacelerou nos últimos trimestres.
Logo após esse anúncio trimestral, as ações despencaram 26% no mercado de capitais americano. Apesar disso, a empresa ainda se mantém na liderança mundial de clientes. São cerca de 222 milhões de assinantes distribuídos em 190 países.