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A censura é prejudicial para todos. Me refiro ao que tem acontecido nas últimas semanas em diversas plataformas digitais, mas apenas com determinado tipo de pensamento. Não é surpresa para ninguém que a isenção jornalística não passa de uma utopia acadêmica, forjada em um passado diferente e fruto de um mero fetiche.
Entretanto, quem detém o controle das mídias sociais, cujo propósito é a interação e não somente a recepção, não deveria controlar. Pelo contrário, o intuito inicial de toda essa revolução tecnológica é permitir. E quem decide o que pode e o que não pode?
As medidas tomadas contra perfis de mesmo padrão ideológico parecem bastante eficazes para quem as aplica. Parecem. Porquê as consequências destas ações, são reações. E assim, uma nova configuração está aumentando a capilaridade da rede.
Resumindo: no começo, havia somente a grande mídia, pouco questionada em sua soberania. Eis que surgem as mídias sociais. Agora, o usuário tem o poder de opinar e questionar. Só, que, quando a contestação começa a incomodar, os detentores de grupos como Google, YouTube, Twitter e Facebook, começam a direcionar o usuário para onde eles desejam. Quem não abaixa a crina, é advertido, suspenso ou sumariamente banido do sistema. Ou seja, o que veio para confrontar a grande mídia, se tornou a nova grande mídia.
Então, estamos perdidos e fadados à armadilha que nós mesmos ajudamos a construir? Nunca. A consequência de tudo isso é a criação de novos fóruns para debate, teias com menos amarras para os usuários e principalmente, comunidades. A “nova grande mídia” parece ter se esquecido o tamanho do poder do mercado que conquistou e há muita gente disposta a abrigar possíveis desertores. Portanto, se você é mais um que “feriu as regras de privacidade”, acalme-se. Há sempre colinas para onde correr. E sim, este é um artigo sobre política. Afinal, toda essa maligna censura, não passa de politicagem. Cercear as ideias de alguém é uma afronta à existência.