Em seu último dia no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou um contrato que prorroga a concessão de rodovias no estado ao Grupo CCR por mais de 3.900 dias, quase 11 anos.
Segundo a administração paulista, prazos e valores foram calculados com base em análises da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), que viu a necessidade de promover um “reajuste por desequilíbrio econômico” nos repasses, elevando os atuais R$ 36 milhões para R$ 3,4 bilhões.
O aumento de 9.500%, de acordo com a empresa de Andrade Gutierrez e Camargo Correa, faz parte de um acordo fechado entre São Paulo e a companhia ainda em meados do ano passado.
O Conexão Política tentou obter mais detalhes acerca da negociação. No entanto, conforme registrado pela revista Veja, “os processos da ARTESP são praticamente impossíveis de serem acessados”.
O que se sabe, até o momento, é que as concessionárias SPVias, Autoban e ViaOeste – todas pertencentes ao Grupo CCR – haviam tido um desequilíbrio conjunto de R$ 36 milhões, mas passaram a ter direito a receber, conforme a agência paulista, R$ 3,4 bilhões, em razão de correções monetárias.
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