A cúpula do PT veiculou um texto nesta quinta-feira (24), em que visa ampliar os cenários de alianças nas eleições 2022.
Na contramão de acordos políticos anteriores, a sigla decidiu acenar —sem diferenciação de partidos— em favor de todos os que decidirem se opor a Jair Bolsonaro (PL).
De agora em diante, conforme o texto, o PT será aliado de “todas e todos que decidirem pelo enfrentamento a Bolsonaro como prioridade política”.
“O PT defende uma aliança ampla em torno de Lula, com partidos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e abre espaço para acordos com partidos de centro. “Todas e todos que decidirem pelo enfrentamento a Bolsonaro como prioridade política dos próximos meses terão no PT um aliado para aquela que será a eleição mais importante que já enfrentamos”, afirma a resolução política aprovada, intitulada como “Lula, a esperança do povo brasileiro!”
“Conclamamos a unidade dos setores democráticos ao redor não apenas de uma candidatura à Presidência da República, mas também de um movimento político e social que derrote Bolsonaro e enfrente o bolsonarismo”, diz o documento.
Com isso, o partido amplia sua possibilidade de blocos com legendas de centro, inclusive com segmentos que estiveram contra o PT durante o governo de Michel Temer e que flertaram com pautas pró-Bolsonaro em 2018, mas que decidiram pular do barco e se aliar aos antigos nomes do poder.
“Esta federação apresentará ao Brasil o nome de Lula para liderar a oposição a Bolsonaro, consolidará a coligação com o Partido Socialista Brasileiro, bem como com a federação PSOL-Rede, cuja criação saudamos. Ainda seguiremos dialogando com os outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro no sentido da ampliação do campo de apoio à candidatura de Lula”, diz o petismo.
“O PT não medirá esforços para agrupar e expandir as alianças que pavimentam este bloco histórico, sabendo compor em uma mesma tática nacional a pluralidade de movimentos e candidaturas que porventura existam nos estados sem que isto faça enfraquecer o principal objetivo desta eleição”, explica a nota.
“Faremos, a partir de um núcleo democrático-popular, a incorporação de setores e segmentos que serão imprescindíveis neste movimento político que estamos construindo. Quem outrora não esteve conosco é mais do que bem-vindo a participar deste movimento que devolverá a cadeira de presidente da República ao povo”, acrescenta.