A adesão em fevereiro do governo da Argentina à Nova Rota da Seda, o maior programa mundial de investimento estrangeiro em infraestrutura, criado pela China, representa mais um avanço na América Latina da agenda comandada pelo líder comunista Xi Jinping.
Em 2013, o mandatário asiático apresentou a proposta, com um orçamento previsto de US$ 1 trilhão para criação de infraestruturas destinadas a fazer ligações marítimas e ferroviárias entre a China e demais nações.
Desde a realização do 2º Fórum da Rota da Seda, em 2019, diversos países como Cuba, Peru, Bolívia, Uruguai e Venezuela aderiram à iniciativa de acesso a empréstimos.
Os Estados Unidos, especialmente durante o governo de Donald Trump, figuraram como um dos principais detratores do plano, alertando para o perigo que a estratégia representa para a soberania e a integridade regional dos povos.
Até o momento, a Espanha permanece à margem da agenda de Pequim. Austrália, Mianmar, Malásia e Grécia também expressam a mesma preocupação.
O projeto geopolítico do regime comunista busca abrir novos mercados para suas empresas controladas pelo Estado e ao mesmo tempo lograr os recursos dos países mais vulneráveis por meio de ‘armadilhas de dívida’, que basicamente consiste em endividá-los a fim de forçá-los a fazer concessões se os acordos não forem cumpridos.
Atualmente, com o ingresso da Argentina, a Nova Rota da Seda reúne 145 países, sendo a maioria (44) da África, 42 da Ásia, 29 da Europa, 20 da América Latina e o Caribe e 10 da Oceania.